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Resenha: Aura Negra, Richelle Mead

20:38neo

Richelle Mead
Agir
★★★
A Escola São Vladimir está em alerta após um ataque dos sanguináreos Strigoi. Os Guardiões admirados por suas habilidades e seus grandes feitos, se preparam para entrar em ação. A escola envia seus alunos para um hotel de luxo e bem protegido, porém um imprevisto obriga Rose a deixar a segurança de seu lar e impedir que o pior aconteça. Apenas quando a vida de seus amigos está por um fio é que a heroína descobrirá força dentro de si.






Enfim terminei de ler esse bendito livro. Demorou um pouco, mas finalmente vim aqui dizer o que achei do segundo volume da série Academia de Vampiros, aqui no Brasil lançado como Aura Negra por motivos que estão além da minha compreensão. Como disse quando postei a resenha do primeiro livro, O Beijo das Sombras, essa é a segunda vez que estou lendo a série. Na verdade, não a terminei a ainda; acho que parei no quarto volume, se não estou enganada. Mas vamos ao que interessa.

Começo dizendo que Aura Negra não conseguiu superar O Beijo das Sombras para mim. Isso significa que o livro é ruim? Não, não, longe disso na verdade, mas algumas coisas acabaram me deixando incomodada nesse segundo volume. Mas deixarei essas observações para o final.

Como é mal explicado na sinopse, os Strigoi - os vampiros maléficos que não podem usar magia - fazem uma ataque aos Moroi - os vampiros "bons" que podem usar magia e não matam ao se alimentar - logo no início do livro. E, ao contrário de muitos outros já feitos no passado, este conta com duas coisas que os Moroi e os dampiros não esperavam; a primeira, organização e quantidade (os Strigoi são tão ruins mesmo que costumavam se virar até contra os da própria espécie, e jamais trabalhavam em conjunto). E a segunda, e a pior na minha opinião, é a ajuda de humanos.

Isso, é claro, muda tudo; com homens ajudando os Strigoi, a luz do sol deixa de ser segura para Moroi e dampiros, e o pânico começa a se espalhar pela já atemorizada sociedade de vampiros e mestiços. Como é época de Natal, a Academia resolve mandar seus alunos para um hotel de luxo onde todas as famílias poderiam se encontrar em segurança, sendo vigiadas vinte e quatro horas por dia por uma quantidade ainda maior de guardiões.

Dois personagens que foram apresentados nesse segundo livro merecem destaque: a primeira é a mãe da protagonista, a Janine Hathaway, uma guardiã com uma boa reputação que não possui uma relação lá muito boa com sua filha. O segundo é Adrian Ivashkov, um Moroi de uma das mais poderosas famílias reais que parece ter um interesse além do normal em Lissa Dragomir, a melhor amiga de Rose.

Eu odiei e adorei a Rose nesse livro. Odiei-a porque seu relacionamento com Dimitri começou por fim a me irritar (estava demorando até, né);o modo como ela toda hora tinha que acabar falando alguma coisa imatura e, sinceramente, estúpida quando estava com ciúmes dele me deixou revirando os olhos a cada duas páginas. E, apesar de meio que já saber que isso pode ser consequência de coisas além da compreensão ou do controle dela, toda hora que uma cena com os dois começava eu já soltava um suspiro profundo de frustração. E, é claro, o fato de que Dimitri vem caindo mais e mais na categoria de chato para mim não ajudou muita coisa.

Por outro lado, a adorei quando o assunto era sua mãe. Janine Hathaway literalmente deixou a menina quando ela era pequena na Academia e se mandou para cumprir seus deveres como guardiã. Mal a visitava ou lhe dirigia alguma atenção. Para mim, Rose tem todos os motivos do mundo para ficar irritada e não há santo nesta terra que me convença do contrário. Ainda mais nas cenas em que Janine tentava lhe passar um sermão sendo que nunca, jamais, cumpriu seu papel de mãe nos momentos em que ela provavelmente precisou. Desculpe, mas se você não faz a parte boa não tem direito a fazer a parte ruim. Ponto.

(Mas todo mundo concorda que a Rose estava errada e eu continuo aqui gritando não!!!! sozinha, então né).

O final para mim ficou um pouco corrido, mas nada muito grave, e a escrita, como sempre, é simples ao extremo (o que entendo por causa do gênero). Gostei do livro; foi bom o suficiente para manter VA como minha séria YA preferida, e amanhã mesmo já planejo começar o terceiro (ou hoje de noite, quem sabe). Enfim, três estrelas para Aura Negra.


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